Necessitamos proteger e conservar a biodiversidade e os recursos naturais, o que deve ser prioridade e preocupação generalizada não só da comunidade científica, mas da sociedade.
AVISO IMPORTANTE:
As informações aqui postadas, por si só não permitem a identificação segura de cogumelos. Não tente identificar cogumelos pelas imagens apenas. Existem muitas espécies perigosas ou letais! A identificação precisa requer muita experiência e rigor na informação. NÃO NOS RESPONSABILIZAMOS pelo uso incorreto das informações aqui disponibilizadas! Não utilizem cogumelos como alimento ou chás! MICOTOXINAS PODEM MATAR!
A expansão imobiliária gera preocupação? O que poderemos estar perdendo de biodiversidade com o avanço da indústria imobiliária?
Nas áreas mais distantes do asfalto, nos sítios e quintais, ainda existem muitos organismos importantes na manutenção da verdadeira qualidade de vida.
Gymnopilus cf. junonius (Fr.) P.D. Orton (Foto: Clóvis Franco) |
Coprinus lagopus (Fr.) Fr. (Foto: Clóvis Franco) |
Coprinus lagopus, comumente denominado "tampa de caneta", "pé de coelho", ocorre nos gramados, quintais, também em troncos apodrecidos. Você já tinha visto esse cogumelo? Dissolve através de um fenômeno denominado deliquescência. A deliquescência é definida pela característica intrínseca de uma substância altamente higroscópica em se dissolver na própria água absorvida. Ou seja, se for deixado exposto ao ambiente, em um curto espaço de tempo, toma a forma líquida (como se estivesse “derretendo”).
Coprinus lagopus, no Mosqueiro-Se. Primeira ocorrência para Sergipe. (Foto: Clóvis Franco); |
Um cogumelo comum em nossa região, crescendo sobre excremento, é Panaeolus antillarum.
Panaeolus antillarum (Fries.) Dennis. (Foto: Clóvis Franco) |
P. antillarum, gotas d'água formando a imagem das lâminas! (Foto: Clóvis Franco) |
Outro cogumelo esquisito, encontrado nos sítios e quintais da região, Clathrus ruber, conhecido vulgarmente como "gaiola de bruxa" ou "lanterna de bruxa"!
Clathrus ruber P. Micheli ex Pers. (Foto: Clóvis Franco). |
Uma gleba escura de odor fétido recobre a superfície interior da “gaiola”. A zona basal do cogumelo encontra-se rodeada de uma volva branca e cordões miceliares (foto abaixo). A dispersão dos esporos é feita pelo vento ou insetos (principalmente moscas) atraídos pelo forte odor de carne podre.
Clathrus ruber, volva branca na base. |
Coprinus é um gênero que vive em matéria orgânica, saprofiticamente.
Coprinus niveus (Pers.: Fries) Fries. (Foto: Clóvis Franco). |
Uma visão das lâminas, sem a estipe, na superfície inferior do píleo em C. niveus. A cor escura corresponde à cor dos esporos. A cor e a forma dos esporos são indícios importantes na identificação do cogumelo.
Coprinus lagopus é venenoso?
ResponderExcluirOla, encontrei a postagem procurando também pelo Coprinus lagopus, encontrei um tipo bem próximo à ele em Recife Pernambuco. Um bicho estranho mesmo, os basídios quando encontrado já no fim da sua vida nem nos deixam imaginar como eram antes...Aqui encontro sempre próximo do lixo orgânico da horta do curso de agronomia, difícil encontrá-los antes de pinar, pois o ciclo é muito rápido. Adorei a postagem, sonho em encontrar um Clathrus ruber!!! Belas fotos!
ResponderExcluirCoprinus atramentarius é listado como venenoso, Coprinus logopus é?
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